Nossa Querida Lucy

16/10/2013 16:54

Esta é uma adaptação livre baseada no original que está no site: www.waitbutwhy.com

Adaptamos este artigo para o porutguês pois fizemos um evento para 100 adolescentes baseado nesta história, semana que vem postaremos algumas de nossas conclusões. Separe ai 10 minutos, vale a pena a leitura e vale a pena voltar aqui semana que vem para ver no que deu a discussão sobre a vida de Lucy.  

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Porque a geração Yuppie Y é tão infeliz 

Antes de mais nada, diga olá para Lucy.

Lucy é membro da geração Y, a geração que nasceu do fim dos anos 70 até meados da década de 90. Ela também faz parte de uma cultura Yuppie que domina grande parte da geração Y.   

O WaitButWhy.com  inventou um termo baseado nestes Yuppies da geração Y chamado Youppies Protagonistas Especiais da Geração Y, ou ainda YPEGY.  Um YPEGY  é um ícone dos youppies que se considera o personagem principal de uma história muito especial.

Então Lucy está lá curtindo seu estilo YPEGY de ser, muito satisfeita por ser Lucy. O único problema é que:

Lucy parece estar um pouco triste.

Para entendermos a razão disto precisamos definir o que torna alguém feliz ou infeliz. Vamos então à seguinte formula:

FELICIDADE = REALIDADE - EXPECTATIVA

É bem intuitivo: Quando a realidade da vida de alguém é melhor(maior) do que o ele esperava, ele fica feliz. Quando acontece da realidade ser pior(menor) do que o que ele esperava, ele fica triste.

Vamos contextualizar então, convidemos os pais de Lucy pra nossa conversa:

Os pais de Lucy nasceram na década de 50, são os chamados Baby Boomers. Os pais dela foram criados por seus avós membros da GG “Grande Geração” que cresceu durante a grande depressão, lutou a segunda gerra mundial e não tinham nada a ver com nossos YPEGYs.

                   

Os avós de Lucy desta Era da Depressão era obsecados com a segurança econômica e criaram seus filhos para que construissem suas carreiras de forma prática e segura. Eles queriam que a grama no jardim de seus filhos – os pais de Lucy – fossem ainda mais verdes do que as deles mesmos, por isso os pais de Lucy foram criados para sonhar com uma carreira próspera e estável para si próprios. Mais ou menos assim:

 

Os pais de Lucy aprenderam que nada os impediria de ter esta carreira verdejante, o detalhe é que eles precisariam invetsir anos e anos de trabalho duro para que isso certamente acontecesse. 

Depois de cansarem a beleza de tanto serem hippies, os pais de Lucy finalmente embarcaram em suas carreiras enquanto as décadas de 70, 80 e 90 viam uma era de prosperidade econômica sem precedentes. Os pais de Lucy fizeram muito mais do que esperavam, o que os levou a se sentirem gratificados e otimistas.

Com um estilo de vida agora bem mais tranquilo e positivo do que seus pais tiveram, os pais de Lucy criaram-na com um senso de otimismo e oportunidades ilimitadas. E eles não estavam sós. Os Baby Boomers em todo mundo contaram a mesma coisa pros seus filhos da Geração Y: De agora em diante eles poderiam ser o que quisessem, incutindo desde cedo a identidade protagonista especial em suas psiques.

O que acabou deixando a turma YPEGY muito esperançosa quanto a suas carreiras, ao ponto de considerarem a grama verde, que seus pais sempre tiveram como objetivo, sem sentido para eles. Eles queriam mais, a maravilhosa grama dos YPEGYs agora tem flores.

 

Isso nos leva ao primeiro fato sobre os YPEGYs:

YPEGYs são muito mais ambiciosos.

  

Os YPGEYs precisam de muito mais de suas carreiras do que um gramado verdejante de segurança econômica e presperidade. O fato é que este gramado verdejante não é assim tão único e excepcional o bastante pra um YPEGY. Enquanto os Baby Boomers queriam viver “o Sonho Americano” agora os YPEGYs querem viver seus próprios sonhos.

Cal Newport aponta  que “Seguir seu coração”  é uma das frase de efeito que surgiu nos últimos 20 anos e segue com força total.  De acordo com o Google's Ngram viewer, uma ferramenta que mostra quão destacada uma determinada frase aparece em inglês em um certo periodo de tempo, que a frase “Segurança Profissional” agora saiu de moda, assim como a frase "uma carreira gratificante" só faz subir.

  

Para ser claro, os YPGEYs querem a presperidade econômica exatamente como seus pais – eles só querem junto com isso se realizar em suas carreiras de uma forma que seus pais nem consideravam. 

Mas alguma coisa também está acontecendo, enquanto os objetivos profissionais da Geração Y em geral se tornaram muito mais particulares e ambiciosos, Lucy também recebeu uma segunda mensagem durante sua infância:  você é especial! 

 Este provavelemnte é um bom momento para apresentar o segundo fato sobre os YPEGYs:

 YPEGYs são delirantes!

"Claro," Lucy foi ensinada, "todos terão prazer e muitas realizações em suas carreiras profissionais, mas eu sou muito mais super marilhosa e especial do que os outros e por conta disto minha carreira vai ser muito melhor que a de todo o resto " Então,  acima desta geração, tendo uma meta ousada de ter um jardim verdejante e florido, cada individuo YPEGY  ainda acha que ele ou ela são destinados a algo muito maior!   

Tipo.. Um brilhante unicórnio no topo de seu jardim verdejante e florido.

  • Lucy’s Carrer = “Carreira de Lucy”
  • The Carrers os other GYPSYs = “A carreira dos outros YPEGYs”

 Então, porque seria isto um delírio? Pois isso é o que todos os YPEGYs pensam, enquanto o que define a palavra especial é justamente:

Especial

adjetivo

melhor, maior, ou diferente do que é comum.


De acordo com esta definição a maioria das pessoas não é especial – Senão especial não significaria nada.

Mesmo asim, os YPEGYs que estão lendo este artigo estão pensando “É uma boa observação... mas eu realmente sou um dos poucos especiais desta geração” – e isto é o problema.

Outro delirio do YPEGY surge quando ele encara o mercado de trabalho. Enquanto os pais de Lucy tinham a expectativa de trabalhar anos e anos duramente pra que eventualmente eles chegassem numa carreira excepcional, Lucy acha que uma carreira excepcional é algo óbivio para alguém tão especial quanto ela. É tudo uma questão de tempo e de escolher por onde ir. Os esforços dela com relação à carreira, na cabecinha dela, serão mais ou menos assim: 

Infelizmente, o mundo real não é este lugar assim tão fácil de se viver, e o estranho sobre qualquer carreira é que de fato elas são bem difícies. Grandes carreiras ainda exigem muito sangue, suor e lágrimas para serem construidas — mesmo as que não tem flores ou unicórnios – e mesmo assim ainda é raro de se encontrar pessoas que fizeram algo de fabuloso aos 20 e poucos anos.

Mas os YPEGYs não estão ai pra aceitarem isso facilmante.

Paul Harvey, professor na universidade de New Hampshire e expert em YPEGYs, pesquisou isso, concluindo que a Geração Y tem  "expectativas irreais e muita resistencia em aceitar feedbacks negativos” e "uma visão inflada de si mesmo" ele diz que "uma grande fonte de frustração para as pessoas com senso incorreto do que é meu direito são as expectativas não alcançadas. Elas geralmente se sentem no direito de ter um nível de respeito e reconhecimento de todos os demais que não estão alinhados com a atual habilidade ou esforços que ela tem demosntrado, por isso tendem a não receber este respeito e reconhecimento que estão esperando”

Para aqueles que contratam pessoas da Geração Y, Harvey sugere perguntar durante a entrevista: “Você geralmente se acha superior aos seus colegas de trabalho/sala/etc.. se sim porque?” ele diz que “se o candidato responder que sim à primeira parte mas tiver dificuldade em responder à segunda ele pode ter um problema com relação ao seus direitos. Isso porque a percepção dos direitos geralmente esta baseado num senso infundado de superioridade e merecimento. Eles foram levados a acreditar, e talvez por um excesso de zelo com suas autoestimas durante sua juventude, que eles são de alguma forma especiais mas ninguém disse o porque disto.

Como o mundo real existe em torno da meritocracia, poucos anos depois de formada Lucy se encontra assim:

                    

A extrema ambição de Lucy, juntamente com a arrogância que veio de se sentir um pouco desiludida sobre si mesma, deixou ela com expectativas gigantescas mesmo para os primeiros anos de formada, e a sua realidade empalideceu frente a estas expectativas deixando sua conta da felicidade  “realidade – expectativa”  bem negativa.

Mas isso ainda piora. Os YPEGYs tem mais um problema que se aplica a toda esta geração:

YPEGYs sentem-se provocados

É fato que alguns dos colegas de classe dos pais de Lucy fizeram mais sucesso do que os pais de Lucy. E enquanto seus pais devem ter ouvido isso muito de vez em quando, na maioria das vezes eles nem sabiam o que de fato aconteceu com seus colegas de classe em suas carreiras profissionais.

Em contra partida, Lucy se vê provocada por um fenômeno moderno chamado: Facebook Image Crafting.

As midias sociais criaram um mundo para Lucy onde: A) Tudo que todos estão fazendo tá ai pra todo mundo ver, B) A maioria das pessoas apresenta aquela versão inflada de si próprio, C) As pessoas que gostam de só falar de suas carreiras profissionais geralmente são pessoas satisfeitas com seus empregos, as que estão loucas pra sair geralmente não contam isso pra todo mundo. Isso tudo deixa Lucy se sentindo, erradamente, como se todos estivessem muito bem só somando migalhas à sua miséria:

 

É por isso então que Lucy está um pouco triste, se sentindo frustrada e inadequada. De fato ela provavelmente deve ter iniciado sua carreira da maneira correta e muito bem, mas para ela é muito decepcionante.

Aqui estão os conselhos do waitbutwhy.com para Lucy:

1) Permaneça muito ambiciosa.  

2) Pare de achar que você é especial.  

3) Ignore os outros.

Mas a Youngers foi um pocuo além de “dizer o que um YPEGY tem de fazer” .. nós trabalhamos junto com eles sobre isso! Aguarde até a semana que vem para acompnhar o que surgiu durante nosso evento onde Lucy era nossa personagem principal.

fotos no www.facebook.com/Youngersnaweb

  • Geovana Conti
  • Diretora de Eventos Youngers

fique à vontade pra comparilhar este artigo, mas sempre cite a fonte!

 


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