E o mercado de trabalho?
Senhores,
Acompanhar de perto os efeitos causados por esta nova onda comportamental - também chamada de Geração Y, Geração Z, Millenials, ou qualquer outro apelido pra descrever a Juventude - é de fato curioso.
Sei que é comum pessoas com mais de 10 anos de carreira profissional reavaliarem suas posições, seu ganhos $alariais, suas expectativas quanto ao futuro e diante disto decidirem, por exemplo, por uma recolocação no mercado! A novidade agora é ver esta turma experiênte disputando vagas com a galera que acabou de se formar. Eu explico..
A auto-confiança e a segurança de que estão aptos para encarar QUALQUER desafio faz com que a moçada ainda sem experiência se candidate à vagas consideradas altas. Pode parecer muita ousadia, mas seus discursos prontos e cheios de energia acabam seduzindo as empresas, e pense comigo:
X = $$$$$$$$
Y = $$$
- Os X tem mais experiência, mas os Y são mais ousados e tem mais energia;
- Os X são mais fiéis e comprometidos, enquanto os Y tendem a se segurar no emprego por 1 ano;
- O resultado trazido pelo X = 4Y, mas há uma pequena chance 0,00001% disto se reverter (afinal de contas, sempre tem os "Pelés" por ai!)
- Dependendo da posição e do serviço a ser feito, convenhamos: Vale a pena trocar X por 2Y!
Toda esta matemática implica em algumas questões que a gente já tem que conviver com:
Pense em alguém com mais de 10 anos de carreira, infeliz com sua posição e que apesar de ter distribuido o seu brilhante CV por todo canto, ter refeito seu LinkedIn, comentado com amigos influentes ainda não conseguiu uma vaga em outra empresa. Aliás há os que não conseguem nem mesmo ser convidados para entrevistas!
Agora lembra daquele sobrinho de 28 anos que mal se formou num curso que nem existia há 10 anos? Então, ele foi pras entrevistas dizendo que está disposto a criar melhorias pro processo que se segue há anos, que ele fala Inglês fluente, já viajou pro exterior (nem que tenha sido à Disney), que seu maior defeito é ser perfeccionista e que seu codinome é trabalho! Ele custa menos da metade do salário do nosso primeiro candidato, pode começar hoje mesmo, não tem filhos e nem contas pra pagar. É .. talvez valha a pena considera-lo ai pelos proximos 12 meses!
Outra novidade: O título da vaga! Se você precisa de alguém pra ser "o assistente do carimbador" tente "supervisor de trocas de papel" ou "Gerente de papelaria carimbatistica" certamente você receberá mais CVs candidatos à vaga. Já vi gente pedindo pra sair de empresa porque não ganhou o título tal tal tal. O que me surpreende, afinal de contas, o que custa pra empresa chamar o cara de chefe? Deixa ele ser chefe dos porta-copos se isso lhe faz feliz, oras!
Senhores, estas são apenas pequenas percepções do mundo à nossa volta a medida que a juventude "adultece"!
- Geovana Conti
- Diretora de Eventos Youngers
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